FAMÍLIA OLIVEIRA, UM PORTO SEGURO!
EU FAÇO PARTE!
“Amor de família é a coisa mais inexplicável do
mundo, nenhum pai consegue dizer para um filho quanto o ama, nem o filho sabe
dizer ao pai, então simplesmente demonstram”. (autor
Desconhecido)
Na
Favelândia onde nasceu
Ali
mesmo foi criado
O
menino que nasceu belo
Crescera
honesto e educado
Optou
por fazer o bem
Sem
mesmo escolher a quem
E
por todos é respeitado
Ana
por sua vez
Desde
menina formosa
Viria
a encantar o mundo
Com
sua alma generosa
Honesta,
fiel, prendada
Pela
fé foi educada
Com
a beleza de um rosa
Quando
meninos se conheceram
Brincaram
juntos, maravilhados
Mas
foi na juventude
Que
tinham almas de apaixonados
Em
junho, dia 23
Bem
certos do que fez
Eram
os dois namorados
Mil
novecentos e cinquenta e oito
No
mais firme contentamento
Valdo
se enche de coragem
Nos
conformes e consentimentos
A
Deolinda e Astrogildo
Querendo
ser bom marido
Pede
Ana em casamento
Dia
04 de dezembro
1960
era o ano
Ana
e Valdo decidiram
Seguirem
o mesmo plano
O
povo testemunhou
O
padre João abençoou
Os
dois corações humanos
Com
sofrimento do tempo
E
grandes dificuldades
Dão
a vida a 13 filhos
Sentindo
necessidade
Planta,
colhe, na labuta
Toma
chuva, sente a luta
Sonhando
a felicidade
Em
1972
Grande
acontecimento
Uma
seca muito grande
Causa
grande sofrimento
Ao
estado de Goiás
Em
busca de algo mais
Bate
em “retiramento”
Ao
chegar em Goiás
Foi
grande a decepção
O
que seria um sonho
Tornara
grande ilusão
Vive
o mesmo sofrimento
A
vida é só lamento
Mal
dava para comprar o pão
A
família que pra lá foi
8
filhos e o casal
E
os amigos que acompanharam
Também
sofreram afinal
A
família de sertanejo
Tinha
unânime desejo
Regressar
à terra natal
Dificuldades
continuam
Quando
a família regressou
Pra
criar os 12 filhos
Com
os amigos ela contou
Não
deixava faltar o pão
Mas
no pobre coração
Não
há de faltar amor
As
primeiras criaturas
Sofreram
também na lida
Trabalhavam
de sol a sol
Para
produzir a comida
Livres
de todo engano
Tornaram
seres humanos
Respeitados
pela vida
Arroz,
para o cultivo
Também
cultivou feijão
Plantava
e colhia milho
Labutaram
com o algodão
Cultivaram
macaxeira
Sofreram
a vida inteira
Mas
tinha na mesa o pão
Numa
criação rígida
A
família foi educada
Filhos
obedeciam a pais
E
a recíproca era dada
Bastava
um só sinal
Se
acontece algo anormal
Basta
o pai dá uma olhada
Os
filhos pós viagem
Teve
outra criação
Ele
não trabalha muito
Tem
direito a educação
A
escola que o pai não teve
Com
os recursos que obteve
Para
o filho é obrigação
Maior
ensinamento, porém
Foi
adquirido mesmo no lar
De
sempre fazer o certo
E
a vida valorizar
Respeitar
o semelhante
No
propósito constante
De
não roubar e nem matar
Em
1994
A
necessidade revigora
Favelândia
não tem suporte
Pro
filho continuar na escola
Pra
ver filho professor
Abre
mão da terra amor
Da
Favelândia vai embora
Os
filhos então criados
Outras
famílias formando
Com
a chegada de genros e noras
A
família foi se ampliando
Com
os netos que também casaram
Prova
certa que se amaram
Os
bisnetos foram chegando
Em
quantidade e qualidade
A
família assim formou
Driblam-se
as diferenças
Mantém
o humano calor
Se
reúnem diariamente
Com
amigos e parentes
Para
manifestar amor
Os
15 netos e 3 bisnetos
Os
12 filhos e o casal
8
genros e uma nora
E
o extra conjugal
Com
os netos adquiridos
Todos
que são bem-vindos
São
47 no total
Muda
para Bom Jesus da Lapa
Lugar
certo pra moradia
Caminha
com a igreja
Por
tradição e garantia
A
fé que tem em Deus
Passam
para os filhos seus
Venera
a Virgem Maria
Uma
parte da família
Que
em são Paulo faz morada
Faz
visita anual
A
família tão amada
Tendo
com espelho certo
A
graça de estar por perto
Da
família abençoada
A
maior parte aqui reside
Marca
todo dia o ponto
Na
casa do patriarca
Quem
passa vê-se em espanto
O
almoço no domingo
Há
sempre de ter um bingo
Para
divertir o encontro
Essa
família é muito unida
E
também muito animada
Viaja
por qualquer razão
É
riqueza por Deus dada
Veio
pra viver o amor
Agradece
sempre ao Senhor
Pela
graça alcançada